Mostrando postagens com marcador Reflexões. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Reflexões. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Diversidade


"Unificar é ligar melhor as diversidades particulares, e não apagá-las em prol de uma ordem vã"
(Cidadela - Saint-Exupéry)






domingo, 3 de janeiro de 2010

Caminhando

De pés nús
abrindo
caminho

Estradando
sou
Estradando
vou...

Sem atalhos
sem veredas

Pés nús
pés firmes
estradando
meu destino

Perséfone Hades (Bia Unruh)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal




Então é natal

E o que você tem feito?

Um outro ano se foi

E um novo apenas começa

E então é natal

Espero que tenhas alegria

O próximo e querido

O velho e o Jovem

Um alegre Natal

E um feliz ano novo

Vamos esperar que seja um bom ano

Sem sofrimento

E então é natal (e a guerra terminou...)

Para o fraco e para o forte (...se você quiser)

Para o rico e para o pobre

O mundo é tão errado

E, então, feliz natal

Para o negro e para o branco

Para o amarelo e para o vermelho

Vamos parar com todas as lutas

Um alegre Natal

E um feliz ano novo

Vamos esperar que seja um bom ano

Sem sofrimento

E então é Natal

o que nós fizemos?

Um outro ano se foi

E um novo apenas começa...

E então Feliz Natal

Esperamos que tenhas alegria

O próximo e querido

E velho e o jovem

Um alegre Natal

E um feliz ano novo

Vamos esperar que seja um bom ano

Sem sofrimento

A guerra acabou , se você quiser

Tradução de Happy Xmas - War is Over)


"An eye and an eye

will make us all blind" (Gandhi)




Perséfone Hades desejando um Feliz Natal a todos seus leitores, e muita LUZ no coração de todos, para que cada vez vejamos menos cenas como estas e possamos cantar mais PAZ!



sábado, 19 de dezembro de 2009

Refletindo...




“O  centro não é um lugar,
mas um estado de existência…”
(Marion Z. Bradley – Os Ancestrais de Avalon)





segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

domingo, 30 de agosto de 2009

Caminho

fotografia: Caminhos
Alba Luna


Sol vermelho
entardece...
A estrada só
um caminheiro só.
Sombras do caminho
uma árvore
uma pedra
um cupinzeiro...

Entardece
sol vemelho
horizonte...
Ao oeste vou
no oeste findo
em buscas
respiro,
espírito infinito...

Perséfone Hades


quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Sermão da Montanha - Parte 9

espirtual1

Vós Sois a Luz do Mundo”

Sabemos, em nossos dias, que a luz cósmica, não focalizada — o “c” da conhecida fórmula einsteiniana, E = mc2 — é a base e, por assim dizer, a matéria-prima de todas as coisas do mundo material e astral. Os elementos da química, desde o mais simples até ao mais complexo, são filhos da luz invisível, a qual quando condensada em diversos graus, produz os elementos, e destes são feitas todas as coisas do mundo.

“Quer dizer que, no plano físico, a luz é a causa e origem de todas as matérias e forças do universo.

“Ora, o que a luz é no plano físico, isto é Deus na ordem metafísica ou espiritual do cosmos. A luz física é o grande símbolo desse simbolizado metafísico.

“A luz é a única coisa incapaz de ser contaminada, porque a sua vibração é máxima, que não é afetada por nenhuma vibração inferior.

“Todas as coisas do mundo são lucigênitas, e sua íntima essência é luz ou lucidez. E tanto mais incontaminável é uma coisa quanto mais lúcida.

“Toda a tarefa da espiritualização do homem consiste em que ele faça a sua existência humana tão pura e luminosa como a sua essência divina — que essencialize toda a sua existência.

“A lucidez ou luminosidade consiste na intensi­dade da nossa consciência divina. No plano da ideologia dualista, em que se move quase toda a teologia e filosofia do ocidente cristão, é difícil o homem convencer-se definitivamente de que a íntima essência do seu próprio ser seja idêntica à essência divina.”

Diz, pois, o divino Mestre:

“Vós sois a luz do mundo... Não pode permanecer oculta uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma lampada e se põe debaixo do alqueire, mas sim sobre o candelabro para que alumie a todos os que estão na casa. Assim brilhe a vossa luz perante os homens para que vejam as vossas boas obras —e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.

“O homem realmente cristificado não deve ocultar-se debaixo do alqueire do anonimato, mas brilhar no candelabro da mais larga publicidade —deve ser até como uma cidade ou um farol no alto de um monte, para que o mundo inteiro veja os fulgores dessa luz e por ela oriente a sua vida.

“É opinião assaz comum entre os inexperientes que o homem espiritual deva evitar a publicidade e procurar o mais possível a obscuridade da solidão e do anonimato, a fim de não perder a sua sacralidade e cair vítima da profanidade. E, de fato, essa solidão e esse anonimato são necessários, embora num sen­tido diferente daquele que os profanos supõem.

O ego físico-mental do homem comum deve desaparecer no anonimato, e o seu Eu divino deve viver em profunda solidão. O homem espiritual deve ser profundamente solitário com Deus, para que possa ser vastamente solidário com todas as creaturas de Deus: assim não há perigo de profanação.

Ai daquele que perder a sua silenciosa sacrali­dade em Deus! De nada lhe servirá a sua ruidosa sociabilidade com os homens e o mundo. A profana sociedade tem de ser fecundada pela mística sacrali­dade para que resulte em fecunda solidariedade.

“Em suas relações com Deus é todo homem profundamente só e solitário; ninguém o pode acom­panhar a essas alturas e profundezas, envoltas em eterno silêncio. Ninguém poderá saber jamais o que se passou entre a alma e Deus, nas silenciosas alturas do Himalaia ou na taciturna vastidão do Saara onde se dá esse encontro entre Deus e a alma humana. A experiência mística se dá para além das barreiras do tempo e do espaço, no anonimato do “terceiro céu”, e por isso é essencialmente intransferível e incomunicável; o que é dito à alma, nessa luminosa escuridão, são “ditos indizíveis”.

“Essa solidão vertical é necessária e não pode jamais ser substituida pela sociedade horizontal. Esse santuário íntimo do homem é indevassável; nem as relações mais íntimas, de pai a filho, de mãe e filha, de esposo a esposa, de amigo a amigo, podem desvendar esse mistério. Onde não existe e persiste essa solidão cósmica, esse profundo silêncio metafísico , esse indevassável anonimato místico entre a alma e Deus, toda a publicidade é um perigo e uma profanação, é uma apostasia e uma infidelidade cometida contra a sacralidade do Eu divino. O homem que não possua suficiente fidelidade a seu Eu divino não deve arriscar-se à publicidade; não deve colocar-se no alto do candelabro ou no cume do monte; é preferível que fique debaixo do alqueire ou no fundo do vale, onde não há perigo de quedas catastróficas. Quanto mais alto o homem está, mais profundamente poderá cair , se essa altura lhe der vertigens.

“O perigo da vertigem vem da ilusão de que essa sublime posição seja obra do seu ego personal, vem do erro fatal de que a pessoa humana tenha creado essa glória no alto do candelabro ou no cume do monte.

“Duas vezes, diz um grande iniciado oriental, Brahman se sorri do homem, da primeira vez quando o homem afirma: “Eu faço isto, eu faço aquilo”, e da segunda vez quando o homem diz: “Eu vou morrer”.

“Ambas às vezes o homem confunde o seu verdadeiro Eu com o seu pseudo-eu. Quando o homem pensa que é ele — seu ego personal — que fez isto ou aquilo, e não o “pai dos céus” — o seu Eu divino; quando o homem pensa que o seu eterno e imortal Eu divino vai morrer — então se revela totalmente analfabeto no conhecimento de si mesmo.

“Onde há ilusão há possibilidade de queda. Só quando a totalidade da ilusão cedeu à totalidade da verdade é que há segurança absoluta.

“Tem-se dito que a experiência mística torna o homem orgulhoso e desprezador de seus semelhantes, os “profanos” lá embaixo. Quem assim pensa e fala não sabe o que quer dizer experiência mística. Esse orgulho é possível no caso da pseudomística, quando o homem atribui a sua espiritualidade ao mérito de seu ego personal, ignorando que “todo o dom perfeito vem de cima, do Pai das luzes”, e que a iluminação espiritual é obra da graça divina. Mas, ninguém pode orgulhar-se daquilo que é de Deus, só se pode envaidecer de algo que seja do seu ego.

“Um jovem ocultista britânico perguntou a um grande místico da Índia se achava que ele, o ocultista, poderia, um dia, chegar a fazer as “obras de poder”, chamadas “milagres”, que Jesus fazia; ao que o iniciado lhe respondeu calmamente: “Pode, sim, contanto que você não creia que é você que fez essas obras.”

“Quem atribui a seu pequeno ego humano qualquer obra espiritual está no erro; o erro gera o orgulho, e o orgulho prepara a queda. Mas quem compreendeu definitivamente que nenhum efeito espiritual pode provir de uma causa material ou mental, esse está na verdade, e a verdade o libertará de qualquer ilusão e perigo de queda.

“Quando Jesus diz a seus discípulos que devem colocar a sua luz no candelabro ou no alto do monte supõe ele que esses homens possam ultrapassar o estágio da Ilusão sobre si mesmos e adquirir plena clareza e certeza sobre a causa real de todos os efeitos espirituais.

“Não existe, no mundo físico, nenhum elemento incontaminável exceto a luz. Todas as outras coisas aceitam impureza.

“É esta, sem dúvida a mais pura glória do homem crístíco, poder ser puro no meio dos impuros e das impurezas em derredor; purificar as impurezas sem se contaminar com essas impurezas É o máximo de invulnerabilidade.

“Nenhum homem purificado pelo conhecimento da verdade sobre si mesmo se sente ofendido por atos, palavras ou opiniões injustas dos outros, porque sabe que essas ofensas não atingem o seu verdadeiro Eu divino, senão apenas o seu falso eu humano.

“Esta luz divina que em mim está deve ser colo­cada no candelabro como uma lâmpada, no alto do monte como um farol. Quem é remido do seu falso eu pode ajudar outros para se redimirem também. Por isso, deve ele fazer brilhar a sua luz, porque essa luz é a luz de Deus que brilha através do homem, como através de um límpido cristal, no caso que o homem renuncie à opacidade do seu egoísmo e aceite a transparência do amor.”

Huberto Rohden

Para aqueles que queiram ler os textos integrais recomendamos o link: http://www.esnips.com/doc/6fda8dc4-a4e1-48a3-87ae-8085b9eb532a/Huberto%20Rohden%20%3E%20O%20Serm%E3o%20da%20Montanha%20-%20Huberto%20Rohden

Perséfone Hades

E que Haja LUZ!!!!

 

domingo, 24 de maio de 2009

O Sermão da Montanha - Parte 7

Paisagem1

“Bem-Aventurados os Tristes”

“... pode haver uma tristeza-­atitude e uma alegria-atitude — como também pode haver uma tristeza-ato e uma alegria-ato. Pode alguém ser triste e estar alegre — como também pode ser alegre e estar triste, o que é decisivo é a atitude interna, permanente, negativa ou positiva. E essa atitude radica, em última análise, em um profundo substrato metafísico, a VERDADE, ou então o seu contrário. Quem tem a consciência reta e sincera de estar na Verdade é profundamente alegre, calmo, feliz, embora externamente lhe aconteçam coisas que o entristeçam — e quem , no íntimo da sua consciência, sabe que não está na Verdade é pro­fundamente triste, ainda que externamente se distraia com toda a espécie de alegrias.

“Quanto mais triste o homem é internamente, pela ausência de harmonia espiritual, tanto mais necessita ele de alegrias externas, geralmente ruidosas e violentas. Esse homem não tolera a solidão, que lhe traz consciência mais nítida da sua vacuidade ou desarmonia interior; por isso, evita quanto possível estar a sós consigo; procura companhia por toda a parte, e, quando não a pode ter em forma de pessoas, canaliza para dentro da sua insuportável solidão parte dos ruídos da rua, por meio do jornal, do rádio, da televisão. Alguns vão mais longe e recorrem a entorpecentes — maconha, cocaína, morfina, etc., para camuflarem, por algum tempo, a sensação da sua triste solidão.

“Quem teme a concentração necessita de toda a espécie de distrações para poder suportar a si mesmo. E, como essas distrações e prazeres, pouco a pouco, calejam a sensibilidade, necessita esse ho­mem de intensificar progressivamente os seus estimulantes artificiais para que ainda produzam efeito sobre seus nervos cada vez mais embotados. Por fim, nem já os mais violentos estimulantes lhe causam mossa e então esse homem chega, não raro, a tal grau de tristeza, no meio de suas “alegrias” que põe termo à sua tragédia por meio do suicídio. Outros acabam no manicômio. É que nenhum homem pode viver sem uma certa dose de alegria.

“Enquanto o homem não descobrir a bela tristeza da vida espiritual, tem de iludir a sua fome e sede de felicidade com essas horrorosas alegrias da vida material. Essas alegrias externas, porém, têm sobre ele o efeito da água do mar, que tanto maior sede dá quanto mais dela se bebe.”

*

1345844031_1f2d01e7b8

“O homem cuja felicidade nasceu da verdade é calmo e sereno em todas as vicissitudes da vida, porque sabe que não precisaria mudar de direção fundamental se a morte o surpreendesse nesse instante. Perguntaram ao jovem estudante João Berchmans, que estava jogando bola, o que faria se soubesse que, daí a cinco minutos, tivesse de morrer; respondeu calmamente: “Continuaria a jogar.” Assim só pode falar quem tem plena certeza de que está no caminho certo, em linha reta ao seu destino, embora distante da meta final.

“Ora, esse caminho não pode deixar de ser es­treito e árduo, uma espécie de tristeza, como é toda a disciplina; mas no fundo dessa tristeza externa dormita uma grande alegria interior. É, todavia, uma alegria anônima, silenciosa, imponderável, como costumam ser os grandes abismos e as grandes alturas. Aos olhos dos profanos, leva o homem espiritual uma vida tristonha e descolorida; o seu ambiente parece monótono e cor de cinza como um vasto deserto. E talvez não seja possível dar ao profano uma idéia da profunda alegria e felicidade que o homem espiritual goza, porque esta felicidade jaz numa outra dimensão totalmente igno­rada pelo profano. O homem habituado a certo grau de espiritualidade tem uma imensa vantagem sobre o homem não-espiritual; não necessita de estímulos violentos para sentir alegria, porque a sua alegria não vem de fora, e sim de dentro. Basta-lhe uma florzinha à beira da estrada; basta o sorriso de uma criança caminho à escola; basta o tanger de um sino ao longe; basta o cintilar de uma estrela através da escuridão — tudo enche de alegria, suave e pura, a alma desse homem, porque ela está afinada pelas vibrações delicadas que vêm das luminosas alturas de Deus. E as fontes da sua alegria brotam por toda a parte; nem é necessário que saia de casa para encontrar motivos de alegria, porque a sua alegria é de qualidade, que não está sujeita às categorias de tempo e espaço, como as alegrias ruidosas e grosseiras dos profanos. Um único grau de alegria-qualidade dá maior felicidade do que cem graus de alegria-quantidade.

“Por isso a vida do homem espiritual é uma bela tristeza, ao passo que a vida do homem profano é uma pavorosa alegria. Mas o homem espiritual prefere a sua bela tristeza à pavorosa alegria do profano, que ele compreende perfeitamente, porque também ele já passou por esse estágio infeliz — ao passo que o profano não compreende a felicidade anônima do iniciado, porque nunca passou por essa experiência.”

*

“Geralmente, os homens mais felizes são ignorados pela humanidade que escreve e lê livros e jornais, que fala do alto dos púlpitos e das tribunas, que perde tempo com rádio e televisão ou procura salvar o gênero humano pela política, Os milionários da felicidade são, quase sempre, os grandes anônimos da história, os “não-existentes”. Os poucos homens que aparecem em público são raras exceções da regra. O grande exército dos “bem-aventurados” não aparece em catálogos e cadastros estatísticos. São os irmãos anônimos da “fraternidade branca” que estão presentes em toda a parte onde haja serviços a prestar, mas ninguém lhes percebe a presença, porque sempre desaparecem por detrás das suas obras. Os muitos e os ruidosos que se servem das suas obras como de fogo de artifício e deslumbramento pirotécnico para iluminar a sua personalidade não fazem parte da “fraternidade branca”, porque não se eclipsaram no anonimato da benevolência universal.

“Os verdadeiros redentores da humanidade são tão felizes no cumprimento da sua missão que nunca esperam pelos aplausos de platéias, mas desaparecem por detrás dos bastidores do esquecimento, no mesmo tempo em que terminam a sua tarefa. São igualmente indiferentes a vivas como a vaias, a aplausos como a apupos, a louvores como a vitupérios, porque eles vivem no mundo da silenciosa e profunda verticalidade invisível, incompreendidos pelos habitantes da ruidosa horizontalidade visível.

“Bem-aventurados os que estão tristes — porque eles serão consolados.”

Huberto Rohden

Para aqueles que queiram ler os textos integrais recomendamos o link: http://www.esnips.com/doc/6fda8dc4-a4e1-48a3-87ae-8085b9eb532a/Huberto%20Rohden%20%3E%20O%20Serm%E3o%20da%20Montanha%20-%20Huberto%20Rohden

Perséfone Hades

Ainda em busca de respostas...

sábado, 16 de maio de 2009

Reflexões - Sentimentos

 Michael-neumann

"Fiquei a meditar muito tempo na muralha. É em ti que a verdadeira muralha existe."(Cidadela - Saint-Exupéry)

Cada pedra desta muralha é colocada com muito cuidado durante toda a nossa vida, e nós as cultivamos como se não fossem ervas daninhas... E, por vezes, tornamos a muralha intransponível para nós mesmos...

muro1

São pedras carregadas de raiva, ódio, tristeza, mágoa, egoísmo, angústia, cólera, contrariedade, rejeição, remorso, irascibilidade, repulsa, medo, terror, vergonha, abatimento,  pouco-caso, ressentimento, menosprezo, aborrecimento, fúria, aversão, ira, acabrunhamento, melancolia, acanhamento, inveja, decepção, animosidade, antipatia, frustração, apreensão, asco,  cisma, contragosto, dor, irritação,   desapontamento, desassossego,  desencanto, horror, desgosto, desilusão, furor, implicância, melindre, insatisfação, nervosismo, insegurança, mortificação,  nojo, pavor, pieguice, sofrimento, tédio, temor.

Sempre me pergunto porque é tão difícil  limpar cuidadosamente cada uma destas pedras e transformá-las em amor, felicidade, esperança, amizade, estima, fraternidade, piedade, encanto, ternura, segurança, simpatia, entusiasmo, compaixão, harmonia, apreço, gratidão, amor-próprio, prazer, afeto, admiração; e quem sabe construir um belo templo interior.

templo_de_luz

Que haja LUZ!!!

Perséfone Hades pulindo suas pedras...

 

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Reflexões - Saint Exupèry

(www.imotion.com.br)_8844solidao

“Aceito provisòriamente as verdades contraditórias do soldado que procura ferir e do médico que tenta curar, embora ao meu nível não se possa distinguir delas o fecho da abóbada. Longe de mim conciliar numa beberagem morna bebidas geladas e bebidas a ferver. Não gosto que firam ou curem moderadamente. Castigo o médico que nega os seus cuidados, castigo o soldado que evita magoar. E pouco importa a mim que as palavras se desafiem! Acontece que só essa armadilha, cujos materiais são diversos, apanha na unidade a minha presa, isto é, determinado homem dotado de certas virtudes e não outro.

“Procuro às apalpadelas as tuas divinas linhas de força e, na falta de evidências que não são próprias da minha condição, digo que tenho razão na escolha dos ritos do cerimonial, se acontece que eles me libertam e me deixam respirar. Assim o meu escultor, Senhor, que dá certa dedada à esquerda, embora não saiba dizer por quê. Só assim parece carregar o seu barro de poder.

http---hiperficie.files.wordpress.com-2008-09-semente2

“Caminho para ti, à maneira da árvore que se desenvolve segundo as linhas de força da sua semente. O cego, Senhor, não sabe nada do fogo. Mas há, no fogo, as linhas de força sensíveis nas papilas. E ele caminha através das silvas, porque toda a metamorfose é dolorosa. Senhor, eu vou até junto de ti, ao abrigo da tua graça, ao longo da encosta que faz uma pessoa realizar-se.

“Tu não desces até junto da tua criação e eu, para me instruir, só passo contar com o calor do fogo ou a tensão da semente. E o mesmo a lagarta, que não sabe nada das asas. Não é a marionete que me há de informar das aparições de arcanjos. Dir-me-ia ela alguma coisa que valesse a pena? É inútil falar de asas à lagarta, como é inútil falar de navio ao forjador de rebites. Basta que existam, pela paixão do arquiteto, as linhas de força do navio. Pelo sêmen, as linhas de força das asas. Pela semente, as linhas de força da árvore. E que tu, Senhor, simplesmente existas.

“Glacial, Senhor, é por vezes a minha solidão. No meio do deserto do abandono, cheguei a pedir um sinal. Mas tu me iluminaste um dia, por meio de um sonho. Fiquei a compreender que todo o sinal é vão, porque, se tu és da minha ordem, não me obrigas a crescer. E que haveria eu de fazer de mim, Senhor, tal como sou?

“É por isso que continuo a caminhar. Vou elaborando orações novas, que nunca obtêm resposta. Tão cego estou que só um fraco calor nas minhas papilas murchas me guia. Apesar disso louvo-te, Senhor, por não me responderes. Se eu encontrasse o que procuro é porque teria acabado de me realizar.

“Se tu gratuitamente desses o passo de arcanjo na direção do homem, o homem ver-se-ia terminado. Não serraria mais, não forjaria mais, não combateria mais, não curaria mais.

"Não mais varreria o quarto, nem acariciaria a amada. Dar-se-ia porventura ele ao trabalho de te honrar com a sua caridade através dos homens, se te contemplasse? Depois de construído o templo, passo a ver o templo e não as pedras.

inverno1

“Senhor, sinto-me tão velho e tão fraco como as árvores quando o inverno sopra. Farto dos meus inimigos e dos meus amigos. Pouco satisfeito, ao pensar que me vejo obrigado a matar e a curar ao mesmo tempo. É que me fazes sentir a necessidade de dominar todos os constrangimentos que tornam tão cruel a minha sorte. E, no entanto, constrangido a subir do menor número de problemas até à morte dos problemas, até ao teu silêncio.

“Digna-te, Senhor, para tua glória, estabelecer na unidade aquele que repousa a norte do meu império e foi meu inimigo amado, e o geômetra, o único verdadeiro, meu amigo, e eu próprio, que já passei, ai de mim!, a crista da montanha e deixo para trás, como que na vertente vencida, a minha geração. Digna-te adormecer-me nas profundidades dessas areias desertas onde trabalhei tanto”.

(Cidadela – capítulo CCXIII – Antoine de Saint-Exupéry)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O Sermão da Montanha - Parte 4

amanhecer

Bem-Aventurados os Misericordiosos”

“Misericordioso é aquele que tem coração para os míseros; aquele que com­preende e ama os fracos, os ignorantes, os doentes, todos os necessitados de corpo, mente e alma, e procura aliviar-lhes os sofrimentos.

“O homem meramente profano é ruidosamente , o homem místico é silenciosamente solitário. Mas o homem plenamente crístico é dinamicamente solidário.

“Essa solidariedade dinâmica do homem cristi­ficado não exclui, mas inclui a solidão espiritual do místico. O homem crístico é, por dentro, unicamente de Deus, e, por fora, de todas as creaturas de Deus.

“Quanto mais o homem dá, na horizontal, tanto mais recebe, na vertical. Existe uma lei cósmica que produz infalívelmente o enriquecimento do homem que em si mantém, permanentemente, uma atitude doadora, que está sempre disposto a dar do que tem e a dar o que é, isto é, ajudar a seus semelhantes com os objetos que possui e com o amor do próprio sujeito que ele é. Não basta “fazer o bem” (dar objetos) — é necessário também “ser bom” (dar o sujeito).

“Pode alguém fazer o bem sem ser bom, porque esse ‘bem” é apenas um objeto — mas ninguém pode ser bom sem fazer o bem, porque esse “ser bom” é o próprio sujeito, que, como o próprio vocábulo diz, “subjaz” (jaz por debaixo) como causa a todos os efeitos, que “objazem” (jazem defronte ou de fora). Não são os efeitos que produzem a causa, mas é a causa que produz os efeitos; não são os objetos, o “fazer bem”, que produzem o sujeito, o “ser bom”, mas sim vice-versa, o “ser bom” produz o “fazer bem”.

“Por isso, os misericordiosos que Jesus proclama bem-aventurados não são apenas pessoas eticamente boas, fazedoras do bem — mas são pessoas misticamente perfeitas, experientes de Deus, e, por isto, essencialmente boas.

2225671096_fb06e0003c

“Esses homens essencialmente perfeitos pelo imediato contato com Deus são, também, existencialmente bons pela solidariedade com todas as creaturas de Deus. Quem viveu misticamente o Deus do mundo, vive eticamente com todo o mundo de Deus, porquanto a profunda vertical da mística produz necessariamente a vasta horizontal da ética — é esta a grandiosa matemática cósmica da Verdade Libertadora.

“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.” Esses misericordiosos receberão misericórdia, não dos homens, mas de Deus. A misericórdia que eles fazem a seus semelhantes não é causa, mas condição para que recebam misericórdia de Deus, porque ninguém pode merecer causalmente uma dádiva divina; tudo que é espiritual e divino é es­sencialmente gratuito, é de graça, porque é graça; é, todavia, necessário que o homem crie dentro de si o clima propício para que essa dádiva gratuita lhe possa ser concedida; esse clima propício, ou essa receptividade, é que é a condição, que em hipótese alguma é causa.

Quem espera recompensa, pagamento, pelos benefícios que presta à humanidade é egoísta, mercenário, ainda que essa recompensa consista apenas no desejo de reconhecimento ou gratidão da parte de seus beneficiados. Esse desejo não deixa de ser egoísta e mercenário e tolhe ao homem a “gloriosa liberdade dos filhos de Deus”, tornando-o escravo e prisioneiro de uma prisão muito perigosa, porque sumamente sutil e, aparentemente, justificada, como é o desejo de gratidão. O beneficiado, é certo, tem a obrigação de ser grato, mas o benfeitor não tem o direito de esperar gratidão. Com esse desejo, por mais secreto e bem camuflado, ele inutilizaria a sua ação e tolheria a si mesmo a liberdade.

“O homem crístico está liberto de qualquer espírito mercenário; trabalha inteiramente de graça, nem espera resultado algum externo de seus trabalhos. Trabalha por amor à sua grande missão, pois sabe que é embaixador plenipotenciário de Deus aqui na terra e em outros mundos. E é por isso, que ele trabalha com o máximo de perfeição e alegria em tudo, tanto nas coisas grandes como nas coisas peque­nas. Nunca trabalha para ter público que o aplauda. Por isso, não o exaltam louvores, nem o deprimem censuras; é indiferente a vivas e a vaias, a aplausos e a apupos, a benquerenças e malquerenças, porque se libertou definitivamente de todas as escravidões do homem profano, do “homem velho”, e se revestiu da leve e luminosa vestimenta do “homem novo” liberto pela Verdade.

“Esse homem vive permanentemente na atmosfera serena e sorridente da “gloriosa liberdade dos filhos de Deus”, cujo diploma crístico vem resumido nas seguintes palavras: “Quando tiverdes feito tudo o que devíeis fazer, dizei: “Somos servos inúteis, cumprimos apenas a nossa obrigação, nenhuma recompensa merecemos por isto”...

“São estes os misericordiosos que alcançarão misericórdia — esses bem-aventurados...”

Huberto Rohden

Para aqueles que queiram ler os textos integrais recomendamos o link: http://www.esnips.com/doc/6fda8dc4-a4e1-48a3-87ae-8085b9eb532a/Huberto%20Rohden%20%3E%20O%20Serm%E3o%20da%20Montanha%20-%20Huberto%20Rohden

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Sermão da Montanha - Parte 3

111Meditationlac

“Bem-Aventurados os Mansos...”

“O homem que encontrou o seu Eu divino é necessariamente manso.

“Todos os seres que não atingiram a consciência espiritual recorrem à violência para conseguirem os seus fins. Os irracionais só conhecem violência ma­terial. O homem, depois de intelectualizado, desco­briu outro tipo de violência muito mais eficiente, que é a violência mental... são certos argumentos analíticos de que a inteligência se serve para conseguir os seus fins próprios da personalidade do ego.

“Quando o homem descobre em si as potências di­vinas, desiste definitivamente de toda e qualquer espécie de violência física e mental. Não mais confia em máquinas e aparelhos materiais manobrados pela força do intelecto, nem recorre às energias do mundo astral para conseguir efeitos de magia mental a atuarem sobre o mundo visível.

“O homem auto-realizado descobriu a essência de si mesmo e de todas as coisas, essência essa que é imaterial, e por isso não mais o interessam as aparências periféricas, que os profanos consideram realidades.

“Por isto, não há para o homem manso de coração motivo algum para recorrer à fraqueza da violência brutal, quando ele possui a força da suavidade e benevolência espiritual.”

*

“O que, à primeira vista, causa estranheza nessa bem-aventurança é a promessa de que os mansos possuirão (ou herdarão) a “terra”... A humanidade imperfeita que agora habita esta terra com suas vibrações baixas e pesadas terá de passar por muitos estágios de evolu­ção, em outros mundos, outros planetas ou nos espaços intersiderais, e, após longos milênios de experiências e sofrimentos, voltará ela, purificada e com outras vibrações, a habitar esta terra, transforma­da em um habitáculo de seres puros. Esses homens puros serão “mansos”, isto é, não violentos; nada farão por meio de força bruta, tudo farão com força espiritual. O espírito da força será substituído pela força do espírito.

“Violenta non durante*, diziam os antigos pensadores romanos; as coisas violentas não duram — as coisas suaves têm duração garantida, embora a sua atuação inicial seja, quase sempre, lenta e quase imperceptível. Uma bomba atômica destrói uma cidade inteira em poucos segundos, ao passo que uma semente viva leva séculos inteiros para construir uma árvore no seio da floresta. Aqui, a força suave da vida — acolá a força brutal da morte.

“Amar incondicionalmente, é o caminho mais curto e rápido às alturas da compreensão integral e universal.”

Huberto Rohden

Para aqueles que queiram ler os textos integrais recomendamos o link: http://www.esnips.com/doc/6fda8dc4-a4e1-48a3-87ae-8085b9eb532a/Huberto%20Rohden%20%3E%20O%20Serm%E3o%20da%20Montanha%20-%20Huberto%20Rohden

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Sermão da Montanha - Parte 2

garota-com-balao_1294_1024x768

“Bem-Aventurados os Puros de Coração”

“Puro de coração é aquele que se libertou, não só dos objetos externos, mas, também, do sujeito interno, isto é, daquilo que ele idolatrava como sendo o seu sujeito, o seu eu, embora fosse apenas o seu pseudo-eu, o seu pequeno ego físico-mental.

“De maneira que ser puro de coração é ainda mais glorioso do que ser pobre pelo espírito; ser interiormente livre da obsessão do ego vivo é mais do que ser livre da escravidão da matéria morta.

“...Enquanto o pequeno eu não tiver em si suficiente segurança interna, necessita de buscar seguranças em fatores externos; mas a segurança interna torna supérflua as seguranças externas; o pequeno eu fez tantos ‘seguros de vida’ porque não possui segurança. Age sob o impulso da lei da compensação.

“...Ninguém pode ver claramente o Deus transcendente do universo de fora antes de ver nitidamente o Deus imanente do universo de dentro.

“Nas letras sacras — como também nos escritos de Mahatma Gandhi — “impureza” quer dizer egoísmo, e “pureza” significa o oposto, que é o amor universal a solidariedade cósmica.

“Enquanto o homem não ultrapassar as estreitas barreiras do seu ego personal, está com os olhos vendados, separados de Deus por uma camada impermeável à luz, que é a impureza do coração. Por mais que um ególatra ouça falar em Deus, nada compreende, porque com­preender supõe ser. Ninguém pode compreender senão aquilo que ele vive ou é no seu íntimo ser. Entender é um ato mental, mas compreender é uma atitude vital; entender mentalmente é uma função parcial, unilateral do nosso ego humano — compreender é uma vivência total, unilateral, do nosso Eu divino. Quem não é divino não pode saber o que é Deus. O egoísta é antidivino, e por isso não pode compreender o que é divino, não pode ver a Deus, antes de adquirir “pureza de coração”.

“Ver a Deus” “ver o reino de Deus”, são ex­pressões típicas que Jesus usa para designar a experiência direta da Realidade eterna, o contato íntimo com ela. Outros crêem em Deus — mas só o puro de coração vê a Deus. O simples crer, embora necessário como estágio preliminar, não é suficiente para a definitiva redenção do homem, que consiste na vidência ou visão de Deus."

*

“Se é difícil a “pobreza pelo espírito”, muito mais difícil é a “pureza do coração”. O desapego dos bens externos é o abandono de algo que não fez, nem jamais poderá fazer parte integrante do homem algo que nunca foi nem pode ser realmente “seu” - ao passo que o ego personal faz parte integrante do homem, é “seu”, embora não seja ele mesmo; e por isso a renúncia à sua personalidade físico-mental em prol da sua individualidade espiritual é, incom­paravelmente, mais difícil do que a renúncia à cobiça dos bens externos. Parece ser uma morte para o homem que ainda não descobriu o seu eterno Eu. Mas essa morte é indispensável para a ressurreição. A coragem de arriscar ou não arriscar esse salto mortal do ego humano para o Eu divino é que divide a humanidade em dois campos: em profanos e iniciados, nos de fora e nos de dentro, em cegos e videntes, em inexperientes e experientes, em insipi­entes e em sapientes. É necessário que o homem sofra tudo isso para, assim, entrar em sua glória..."

*

“O despertar dessa nova vidência, que existe, dormente, em cada um de nós, requer exercício in­tenso, assíduo e prolongado, porque o homem tem de superar barreiras já estabilizadas há séculos e milênios...

“Esse exercício diário é vital consiste, principal­mente, em uma permanente atitude interna de querer servir, servir espontânea e gratuitamente a todos. Esse clima de querer servir, espontânea e gratuitamente, remove os obstáculos que existem entre nós e o Todo (Deus), porque diminui gradualmente o egoís­mo unilateral e exclusivista e aumenta a solidariedade inclusivista, que uns chamam altruísmo, outros amor, outros ainda benevolência universal. Com essas práticas diárias, a muralha opaca que se ergue entre nós e Deus se torna cada vez mais transparente, permitindo-nos a visão da grande Luz.”

Huberto Rohden

Para aqueles que queiram ler os textos integrais recomendamos o link: http://www.esnips.com/doc/6fda8dc4-a4e1-48a3-87ae-8085b9eb532a/Huberto%20Rohden%20%3E%20O%20Serm%E3o%20da%20Montanha%20-%20Huberto%20Rohden

sábado, 18 de abril de 2009

O Sermão da Montanha - Parte 1

O Sermão da Montanha - Carl Bloch
Os textos do Sermão da Montanha, sempre tão atuais e ao mesmo tempo anos-luz a nossa frente, andam por demais esquecidos.
Resumem a filosofia de Jesus deixada, tão amorosamente, como herança para nós, que muito pouco temos refletido em seus ensinamentos, para que pudéssemos trilhar caminhos menos pedregosos.
Reestudado e reinterpretado por um filósofo brasileiro,
Huberto Rohden, é leitura obrigatória.
Nestas postagens buscaremos rever de forma resumida a interpretação de Rohden, para que, quem sabe, ressoe em nossas almas já cansadas de errar por tantos séculos.
Esperamos que seja uma leitura de reflexão para todos, e desde já agradecemos as visitas e comentários.



“Bem-Aventurados os Pobres Pelo Espírito!”
“Poucas palavras do Evangelho sofreram, através dos séculos, tão grande adulteração e ludíbrio tamanho como estas. Escritores e oradores de fama mundial, e até ministros do Evangelho, aderem à blasfêmia de que o Nazareno tenha proclamado bem-aventurados e cidadãos do reino dos céus os “pobres de espírito”, isto é, os apoucados de inteligência, os idiotas e imbecis, os mentalmente medíocres.
"Se assim fosse, o próprio Nazareno, riquíssimo de espírito, não faria parte dos bem-aventurados e possuidores do reino dos céus.
“Jesus proclama bem-aventurados, todos aqueles que são pobres, ou desapegados, dos bens terrenos...
"O verdadeiro abandono decorre da libertação interna. A questão é possuir sem ser possuido, pois todo possuído é escravo.
“...Ser rico ou ser pobre são coisas que nos acontecem, de fora — mas a arte de saber ser rico ou de ser pobre, é algo que nós produzimos, de dentro. O que nos faz bons ou maus não é aquilo que nos acontece, mas sim o que nós mesmos fazemos e somos.
“Ser rico não é pecado — ser pobre não é virtude. Virtude ou pecado é saber ou não saber ser rico ou pobre.
“...Bem-aventurados os pobres pelo espírito, os que, pela força do espírito, se emanciparam da escravidão da matéria. Deles é o reino dos céus, que está dentro do homem e esse leva consigo o reino da sua felicidade aonde quer que vá...”

Huberto Rohden






sábado, 11 de abril de 2009

Quando Foi?


Foi quando me sentei à praia observando os grãos de areia que luziam ao sol da tarde, e atentando para os incontáveis mundos brilhantes daquele universo sem igual, que me senti pequena...


Foi quando me peguei olhando as estrelas naquele infinito veludo azul escuro, e mirando as ilimitadas possibilidades de Deus, que me senti viva e imensa...
Imensa de alegria. Imensa de amor.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Quem Sou?


Sou luz e sombra
Sou dor e amor
Sou consciente e inconsciente
Sou superfície e profundidade
Sou tristeza e alegria
Sou constância e inconstância
Sou estrada e pouso
Sou sol e lua
Sou dia e noite
Sou céu e terra
Sou anjo e demônio
Sou Hades
Sou Perséfone...
Perséfone Hades (Bia Unruh)
Publicado em
http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=84554

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Vida

Cena do filme Fonte da Vida


Vai em espirais

Iluminada,

colorida

Dádiva divina

Amor materializado...

Vida!!!



Perséfone Hades (Bia Unruh)

Publicado em

http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=84557

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Refletindo com Nuwanda

Somos todos anjos acorrentados
enquanto nesta dimensão tempo-espaço...

E aqui nos pusemos, nós mesmos,
em busca da perfeição,
em busca da harmonia com o Universo.

Enquanto formos o caos,
assim teremos de viver e reviver
para irmo-nos organizando,
pois que o Universo é uma entidade organizada.

"O templo também é sentido para as pedras..." (Saint-Exupery)



[Nunca é bobagem divagar sobre nossos caminhos...]
Perséfone Hades

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Reflexões - Saint-Exupery II

terra6

"Tu não podes atribuir nada a ti próprio. Não és cofre nenhum. És o nó da diversidade". (Cidadela - capítulo CLXX)

Aqui estamos, nesta Terra maravilhosa, em que o Criador nos empresta recursos para nossa evolução.

Tudo que está sobre o planeta, tudo o que conseguimos construir de material, são apenas os meios que temos à mão para enriquecer nossa alma imortal.

Não nos iludamos, pois nada poderemos levar daqui, que não sejam as experiências e os ensinamentos que destas absorvemos.

Quando assim nos comportamos, ascendemos em espirais de Luz ao Universo infinito, unimo-nos a este Criador que também evolui através de nós...

Perséfone Hades (Bia Unruh)