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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

domingo, 18 de janeiro de 2009

Reflexos Quebrados (Olhos)

Olhos, olhos, são a mais linda concepção do Criador. Neles a alma transparece, e como não cantá-los de todas as formas?

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Seus olhos quando me olham parecem falar de horizontes tão próximos dos meus, mas sua boca quando se abre, só tem palavras secas para meus ouvidos.

As gaivotas sobrevoaram a nossa praia, mostraram como era bom sentir-se livre. O meu coração então gritou e reclamaram os meus olhos a alegria de ver os seus.

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Os seus olhos quando encontram os meus, parecem falar de uma saudade que nunca deixa de existir, a não ser quando nos olhamos assim.

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Você é um conjunto de pequenos olhos castanhos que me desconcertam. Olhos de mar me contam notícias de quem está longe.

Olhos de mar me contam notícias de quem está longe.

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Nunca esqueça de olhar bem para os olhos que te falam, porque a sinceridade destes jamais poderá ser dissimulada.

Todas as vezes que nos olhamos, vemos imagens de crianças travessas brincando de esconder num campo de flores.

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Meus olhos beberam tanto dos seus, que se embriagaram de brilho, luz e amor.

Nossos olhos como duas crianças, brincam de pega-pega pelos jardins dos dias.

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Perséfone Hades (Bia Unruh)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Para Viver um Grande Amor

vinicius_de_moraes

Vinícius de Moraes

Meu poeta favorito, cantou e encantou a mulher como mais ninguém soube fazer.

A minha mais linda paixão de adolescente, quisera  meu querido Vinícius que tivesses cantado seus versos para mim...

Para viver um grande amor

Vinicius de Moraes

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso – para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... – não nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro – seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada – para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o “velho amigo”, que porque é só vos querer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado para chatear o grande amor.

Para viver um grande amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade – para viver um grande amor. Pois quem trai o seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, Il faut ale de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô – para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito – peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É preciso ter em vista um crédito de rosas no florista – muito mais, muito mais que na modista! – para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas; ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs – comidinhas para de pois do amor. E o que há de melhor do que ir prá cozinha e preparar com amor uma galinha, com uma rica e gostosa farofinha, para viver um grande amor!

Para viver um grande amor é muito, muito importanteviver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto – prá não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer baixo seu, a amada sente – e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortes sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia – para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que – que não quer nada com o amor.

Mas tudo isto não adianta nada, se nesta selva obscura e desvairada não se souber achar a bem-amada – para viver um grande amor.

Paixão

olhos-no-mar - sheila nogueira

Olhos-no-mar - Sheila Nogueira

Olhos cheios de luz,

na boca palavras desconexas,

noites de insônia...

Tremores de mãos,

incêndio no peito,

noites insones...

Lua que queima

corpo a transpirar

noites de insônia...

Consciência entorpece

desejo cresce

noites insones...

Sozinha no leito

peito arfante

mais

noites...

insônia...

Perséfone Hades (Bia Unruh)

Publicado em http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=83559

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Até Quando?

Faixa de Gaza

Até quando?
dores morais,
guerras em nome de deus?

Até quando?
cidades cemitérios,
vagam almas meio vivas...

Até quando?
seres loucos cheirando a morte,
"humanos"? apenas em palavra...

Casa na Faixa de Gaza

Até quando?
estilhaços de metal
misturados à carne humana?

Até quando?
órfãos mendigando amor,
crianças armadas de ódio?

Até quando?
gemidos, dor, agonia
o Umbral é aqui...

Umbral

Até quando?
Até quando, homem imperfeito?...
Criado à imagem de Deus?

“Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?” André Luiz

Perséfone Hades
Publicado em
http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=83101

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Saudade

Tristeza de ficar
quando queremos ir
Ficamos horas a olhar a lua,

sem saber o que ela nos lembra
secamos lágrimas

sem saber porque apareceram
sentimos um perfume na brisa da manhã

que não queremos lembrar
olhamos em volta

e achamos tudo sem graça
sorrimos
quando o que queremos
é chorar
sentimento frágil que voa,

levando-nos longe de nós e perto de alguém
emoção que vê a chuva cair

e lembra toda uma vida
Saudade que pesa e machuca o coração...


Perséfone Hades (Bia Unruh)
Publicado em
http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=83018

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Amor

Descobri que o amo
É bem difícil compreender,
mas a descoberta me faz sorrir,
tanto tempo eu procurei
de repente olhei seus olhos

Descobri que o amo
Agora o mundo lá fora ficou esquecido
até o tempo parou
tudo que sonhei perdeu-se no infinito
olhei em volta e vi você

Descobri que o amo
como foi que aconteceu?
Das crianças que me faziam companhia
uma era você, não procurei, estava lá
vi uma realidade feliz
Descobri que o amo

Perséfone Hades (Bia Unruh)



Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Seus Olhos

Lindo mar de sol nascente
Que fulgura trazendo a tona seu rosto
Verdes mares que balançam
perdendo-me na vastidão de seus horizontes
Alegres ramas que florescem apenas verde


Assim são eles


Um misto de esplendor do sol
e tormenta de tempestades
De maré mansa ou turbulenta que me cobre
De ternas ramas ou emaranhados que me confundem

Assim são eles... seus olhos verdes...


Perséfone Hades (Bia Unruh)
Publicado em

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Quero

Quero levar para bem longe a distância que nos separa
ela só serve para dar saudade


Quero esquecer que já senti amor por você
só me deu tristezas

Quero esquecer que tenho medo de encará-lo
e enfrentar meu próprio sentimento

Quero usa meu orgulho para que não descubras
que um dia cheguei a te amar

Quero perder-me na cidade das multidões
e deixar-me levar pela melancolia

Quero sonhar com crianças, flores
e deixar de ver seus olhos cravados nos devaneios

Quero voltar para o meu interior
e falar com meus fantasmas infantis

Quero ouvir o som dos rios nas tardes
sem me preocupar onde estás

Quero escrever sobre alegria e felicidade
sem pensar em com quem estás...

Quero... quero... quero...
Mas como eu te amo!!!

Perséfone Hades (Bia Unruh)
Publicado em
http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=81930

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

De Quando Você Foi Embora

Você se foi e eu fiquei,
comigo ficou sua lembrança,
com você partiu minha esperança

Você se foi e eu fiquei,
no céu as estrelas brilharam,
mas dentro de mim tudo se apagou

Você se foi e eu fiquei,
a noite densa envolveu-me
e em alguma parte entristeceu você também?

Você se foi e eu fiquei,
no meu quarto escuro lembro a sua voz
no seu carro você lembra a minha?

Você se foi e eu fiquei,
a minha espera continua
e com ela as dúvidas

Você se foi e eu fiquei,
com você partiu minha esperança
comigo ficou sua lembrança

Você se foi e eu fiquei...

Escrito por Perséfone Hades(Bia Unruh)
Publicado em

http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=81273

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Trincheira


Chão pesado, pesado chão entre trincheiras
do vermelho por entre verdes
a agonia deste odor

Chão pesado, pesado chão entre trincheiras
de um coração que pulsa
rodeado de estilhaços de aço

Chão pesado, pesado chão entre trincheiras
sem aviso voa mais uma granada
macula o verde que resta

Chão pesado, pesado chão entre trincheiras
no mais refinado perfume
sinto o cheiro do homem...

Escrito por Perséfone Hades (Bia Unruh)
Publicado em http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=81215

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Pessoa, Sempre Pessoa...

Reflitamos um pouco em nossas vidas, tão cheias de máscaras...
Quem já teve a coragem de Fernando Pessoa em se mostrar como realmente é, e "colocar o dedo na própria ferida" de forma tão crua?

Poema em Linha Reta
Álvaro de Campos

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Reflexão



O mundo nos dá


aquilo que lhe damos,


como nosso reflexo num espelho...




Escrito por Persefone Hades (Bia Unruh)


Publicado em


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Dos Dias


Parece que ainda sinto o gosto daquele dia
já no horizonte ele estende o braço acenando:
Adeus. E começa a fazer parte do passado

Nele raiou o sol como em outros dias
e dentro da tarde embriagada de velhice
embranqueceu seus cabelos molhados de sol
agonizante deixou-se engolir pela noite

Olho este horizonte perdido dos passados
nele mergulham todas as vozes e promessas,
mas todos renascerão nas memórias de seus donos

As idéias, as invenções, e todas as tristezas
formarão o dia, cravejado de sonhos
No auge da fantasia solar,
ainda teremos esperanças nas nossas ilusões

as sombras então, começarão a espichar
com elas crescerão as desilusões do fim de tarde
e outro dia afundará na noite de onde não volta:
o passado...


Escrito por Perséfone Hades (Bia Unruh)
Publicado em

http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=79254

terça-feira, 4 de novembro de 2008