domingo, 3 de maio de 2009

Poetas Brasileiros IV - Zé Ramalho

José Ramalho Neto, nascido em Brejo da Cruz, Paraíba (3/10/1949), conhecido no meio artístico como Zé Ramalho, é outro grande poeta do Cancioneiro Nacional.

Mistura ritmos do Nordeste Brasileiro e Beatles, Bob Dilan, Raul Seixas, e outros; fazendo um som característico seu; que casa muito bem com sua voz de "trovão", que por vezes ribomba com poesias cruas sobre o quotidiano, ou fantasias que nos extasiam.

A Peleja do Diabo com o Dono do Céu

Com tanto dinheiro girando no mundo
Quem tem pede muito quem não tem pede mais
Cobiçam a terra e toda a riqueza
Do reino dos homens e dos animais
Cobiçam até a planície dos sonhos
Lugares eternos para descansar
A terra do verde que foi prometido
Até que se canse de tanto esperar
Que eu não vim de longe para me enganar
Que eu não vim de longe para me enganar
O tempo do homem, a mulher, o filho
O gado novilho urra no curral
Vaqueiros que tangem a humanidade
Em cada cidade e em cada capital
Em cada pessoa de procedimento
Em cada lamento palavras de sal
A nau que flutua no leito do rio
Conduz à velhice, conduz à moral
Assim como deus, parabéns o mal
Assim como deus, parabéns o mal
Já que tudo depende da boa vontade
É de caridade que eu quero falar
Daquela esmola da cuia tremendo
Ou mato ou me rendo é lei natural
Num muro de cal espirrado de sangue
De lama, de mangue, de rouge e batom
O tom da conversa que ouço me criva
De setas e facas e favos de mel
É a peleja do diabo com o dono do céu
É a peleja do diabo com o dono do céu

Cidadão

Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição, era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
"Tu tá aí admirado ou tá querendo roubar"
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento, ajudei a rebocar
Minha filha inocente vem pra mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me vem um cidadão:
"Criança de pé no chão aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer
Tá vendo quela igreja moço, onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena, tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse:
"Rapaz deixe de tolice, não se deixe amendrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra, não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas e na maioria das casas
Eu também não posso entrar"

Cristais do Tempo

Como são belos esses cristais
Que transparecem como manhãs
Embolam coisas em precipícios
Em cada ofício de suas mães
Eles imperam nos arrebóis
Nas carabinas e furacões
Em cada rosto é tão difícil
Ver o ofício de suas mãos
Nos olhares desses meninos
Há o silêncio que há no fogo
E o clarão das capitais
E eles dormirão nos ventos
Encobertos e atentos
Haverão de sufocar...
Os milhares de venenos
Que situam-se nas fontes
Nos olhares dos pequenos
Que veriam adamastor

Orquidea Negra

Atenção artilheiro
Três salvas de tiros de canhão
Em honra aos mortos da Ilha da Ilusão
Durante a última revolução do coração e da paixão
Apontar a estibordoÂ… Fogo!
Você é a orquídea negra
Que brotou da máquina selvagem
E o anjo do impossível
Plantou como nova paisagem
Você é a dor do dia a dia
Você é a dor da noite à noite
Você é a flor da agonia
A chibata, o chicote e o açoite
Lá fora ecoa a ventania
E os ventos arrastam vendavais
Do que foi, do que seria
Do que nunca volta jamais
Parece até a própria tragédia grega
Da mais profunda melancolia
Parece a bandeira negra
Da loucura e da pirataria
Atenção, artilheiroÂ…

Hino Nordestino

salto no escuro de meter medo nos olhos
de meter medo a quem medo nunca sentiu
tentar a sorte no rio de janeiro
são paulo, no mundo, aceito o desafio
é o destino que é de todo nordestino
que sai de casa e que dá asa ao pensamento
espaço abertro aberto dentro do seu proprio ser
cuidado tempo, que é pra não se atarapalhar
<refrão>
ô deixa chover, ô deixa molhar
ouve o que eu digo cantando esse xote
ô deixa chover, ô deixa molhar
não for castigo, cada pingo forte (2x)
salto no escuro de meter medo nos olhos
de meter medo a quem medo nunca sentiu
tentar a sorte no rio de janeiro
são paulo, no mundo, aceito o desafio
é o destino que é de todo nordestino
que sai de casa e que dá asa ao pensamento
espaço abertro aberto dentro do seu proprio ser
cuidado tempo, que é pra não se atarapalhar
<refrão>
é o destino que é de todo nordestino
que sai de casa e que dá asa ao pensamento
espaço abertro aberto dentro do seu proprio ser
cuidado tempo, que é pra não se atarapalhar
<refrão>
ô deixa chover

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O Sermão da Montanha - Parte 4

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Bem-Aventurados os Misericordiosos”

“Misericordioso é aquele que tem coração para os míseros; aquele que com­preende e ama os fracos, os ignorantes, os doentes, todos os necessitados de corpo, mente e alma, e procura aliviar-lhes os sofrimentos.

“O homem meramente profano é ruidosamente , o homem místico é silenciosamente solitário. Mas o homem plenamente crístico é dinamicamente solidário.

“Essa solidariedade dinâmica do homem cristi­ficado não exclui, mas inclui a solidão espiritual do místico. O homem crístico é, por dentro, unicamente de Deus, e, por fora, de todas as creaturas de Deus.

“Quanto mais o homem dá, na horizontal, tanto mais recebe, na vertical. Existe uma lei cósmica que produz infalívelmente o enriquecimento do homem que em si mantém, permanentemente, uma atitude doadora, que está sempre disposto a dar do que tem e a dar o que é, isto é, ajudar a seus semelhantes com os objetos que possui e com o amor do próprio sujeito que ele é. Não basta “fazer o bem” (dar objetos) — é necessário também “ser bom” (dar o sujeito).

“Pode alguém fazer o bem sem ser bom, porque esse ‘bem” é apenas um objeto — mas ninguém pode ser bom sem fazer o bem, porque esse “ser bom” é o próprio sujeito, que, como o próprio vocábulo diz, “subjaz” (jaz por debaixo) como causa a todos os efeitos, que “objazem” (jazem defronte ou de fora). Não são os efeitos que produzem a causa, mas é a causa que produz os efeitos; não são os objetos, o “fazer bem”, que produzem o sujeito, o “ser bom”, mas sim vice-versa, o “ser bom” produz o “fazer bem”.

“Por isso, os misericordiosos que Jesus proclama bem-aventurados não são apenas pessoas eticamente boas, fazedoras do bem — mas são pessoas misticamente perfeitas, experientes de Deus, e, por isto, essencialmente boas.

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“Esses homens essencialmente perfeitos pelo imediato contato com Deus são, também, existencialmente bons pela solidariedade com todas as creaturas de Deus. Quem viveu misticamente o Deus do mundo, vive eticamente com todo o mundo de Deus, porquanto a profunda vertical da mística produz necessariamente a vasta horizontal da ética — é esta a grandiosa matemática cósmica da Verdade Libertadora.

“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.” Esses misericordiosos receberão misericórdia, não dos homens, mas de Deus. A misericórdia que eles fazem a seus semelhantes não é causa, mas condição para que recebam misericórdia de Deus, porque ninguém pode merecer causalmente uma dádiva divina; tudo que é espiritual e divino é es­sencialmente gratuito, é de graça, porque é graça; é, todavia, necessário que o homem crie dentro de si o clima propício para que essa dádiva gratuita lhe possa ser concedida; esse clima propício, ou essa receptividade, é que é a condição, que em hipótese alguma é causa.

Quem espera recompensa, pagamento, pelos benefícios que presta à humanidade é egoísta, mercenário, ainda que essa recompensa consista apenas no desejo de reconhecimento ou gratidão da parte de seus beneficiados. Esse desejo não deixa de ser egoísta e mercenário e tolhe ao homem a “gloriosa liberdade dos filhos de Deus”, tornando-o escravo e prisioneiro de uma prisão muito perigosa, porque sumamente sutil e, aparentemente, justificada, como é o desejo de gratidão. O beneficiado, é certo, tem a obrigação de ser grato, mas o benfeitor não tem o direito de esperar gratidão. Com esse desejo, por mais secreto e bem camuflado, ele inutilizaria a sua ação e tolheria a si mesmo a liberdade.

“O homem crístico está liberto de qualquer espírito mercenário; trabalha inteiramente de graça, nem espera resultado algum externo de seus trabalhos. Trabalha por amor à sua grande missão, pois sabe que é embaixador plenipotenciário de Deus aqui na terra e em outros mundos. E é por isso, que ele trabalha com o máximo de perfeição e alegria em tudo, tanto nas coisas grandes como nas coisas peque­nas. Nunca trabalha para ter público que o aplauda. Por isso, não o exaltam louvores, nem o deprimem censuras; é indiferente a vivas e a vaias, a aplausos e a apupos, a benquerenças e malquerenças, porque se libertou definitivamente de todas as escravidões do homem profano, do “homem velho”, e se revestiu da leve e luminosa vestimenta do “homem novo” liberto pela Verdade.

“Esse homem vive permanentemente na atmosfera serena e sorridente da “gloriosa liberdade dos filhos de Deus”, cujo diploma crístico vem resumido nas seguintes palavras: “Quando tiverdes feito tudo o que devíeis fazer, dizei: “Somos servos inúteis, cumprimos apenas a nossa obrigação, nenhuma recompensa merecemos por isto”...

“São estes os misericordiosos que alcançarão misericórdia — esses bem-aventurados...”

Huberto Rohden

Para aqueles que queiram ler os textos integrais recomendamos o link: http://www.esnips.com/doc/6fda8dc4-a4e1-48a3-87ae-8085b9eb532a/Huberto%20Rohden%20%3E%20O%20Serm%E3o%20da%20Montanha%20-%20Huberto%20Rohden

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Reflexos da Vida na Morte

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O livro "Um Roqueiro no Além" lançado em 1992, ditado pelo espírito Zílio ao médium Nelson Moraes trás à reflexão o doloroso processo, no mundo espiritual, daqueles que foram usuários de drogas em vida.

O espírito Zílio narra suas experiências logo após a morte, enquanto ainda preso ao corpo físico em decomposição. O estado confuso de um indivíduo que não tem sequer idéia do que lhe acontece, tanto pela dificuldade de entendimento de que já morreu, como pelo mal que causou ao seu corpo físico e perispírito em vida.

No decorrer da história, o espírito Zílio nos dá dicas de quem possa ter sido em sua última encarnação, pois é muito conhecido no mundo espiritual, como o foi em vida... E sofre ao perceber que na posição que teve, contribuiu para que outros jovens enveredassem para o escuro caminho das drogas e do álcool, quando poderia ter sido uma Luz a iluminar as vidas já tão perturbadas.

É interessante acompanhar a ascenção destes espíritos ao ajudar outros que se encontram em pior situação. E relevante a observação das idas e vindas que todos nós fazemos para tornar nossas essências perfeitas e mais afeitas as energias divinas.

O nosso amigo Zílio trabalha com humildade e vontade para se tornar este ser melhor; e termina com uma poderação para se pensar:

"Nas ilusões da vida... Encontrei a morte!

Na realidade da morte... Descobri a vida!"

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Nelson Moraes nasceu em São Paulo, Capital, em 27 de Agosto de 1940, é escritor, médium, editor, radialista e terapeuta. Fundou o Centro Espírita Família Cristã em 1970 em São Paulo, é um estudioso e praticante do Espiritismo. Seus livros, inspirados pelos benfeitores que o assistem, oferecem reflexão sobre nossa natureza espiritual, buscando desenvolver as potencialidades e virtudes que levam ao caminho da evolução espiritual.
    

Perséfone Hades (Bia Unruh) cada vez mais interessada no profundo oceano que é a alma humana...

Publicado em: http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/pagina_autor.php?cdEscritor=1077

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Reflexos dos Séculos Passados I

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A seguinte série de romances psicografados pela médium Yvonne de Amaral Pereira, foi escrita num período de aproximadamente quarenta anos, com intermitências devido às tarefas dos espíritos que ditaram estas obras.

Segundo explicações da médium as histórias foram escritas na seqüência contrária a dos acontecimentos, sendo o primeiro romance ditado parcialmente pelo espírito Roberto Canalejas na década de 1930 e só concluído quarenta anos depois com a revisão do espírito Charles que escreveu os outros dois romances. São histórias repletas de amores, ódios, traições, exemplos de honra, força, moral e fé.

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A primeira história “Nas Voragens do Pecado”, ditada em 1957-58, pelo espírito Charles é ambientado na França do século XVI durante o reinado de Carlos IX e da rainha Catarina de Médicis.

Neste são apresentados os personagens que vivem o drama do massacre de protestantes do dia de São Bartolomeu, na França. A família de La-Chapelle é massacrada pelo Capitão da Fé, Luis de Narbonne, filho bastardo do Rei Henrique II e, portanto desafeto da rainha Catarina de Médicis; saindo ilesa apenas Ruth-Carolina. Esta se associa a sua futura cunhada Otília de Louvigny em um pacto de vingança, que perdura pela obsessão, após sua morte.

Ruth-Carolina trama junto a Catarina de Médicis, a vingança contra Luis de Narbonne pela chacina da família e a rainha aproveita o seu ódio para perder aquele que considerava uma ameaça ao trono.

São tortuosos e sofridos os caminhos de Luis de Narbonne depois de concretizada a vingança por Ruth-Carolina e sua obsessora Otília de Louvigny; bem como o remorso e o ódio que corrói todos os envolvidos.

Ao final deste primeiro romance, os personagens, já no plano espiritual, buscam causas e efeitos, e tentam o lenitivo para o sofrimento de todos.

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Dando seqüência o livro “O Cavaleiro de Numiers”, onde reencarna Ruth-Carolina de La Chapelle como Berthe de Sourmeville-Stainesbourg, e Luis de Narbonne na pele de Henry de Numiers, assim como outras personagens do primeiro romance da série, desejosos de melhorias morais ou de auxiliar seus irmãos na dura caminhada para o Amor verdadeiro.

Neste, a é história ambientada no Flandres do século XVII, onde vemos ainda uma trama repleta de amor apaixonado, traições que por vezes pioraram a carga de espíritos já tão endividados, as obsessões trazidas de outra vida, os ódios tão necessitados de transformação, e sempre o remorso após o desencarne, levando à reflexão na busca de cumprir as Leis Divinas.

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Finalmente em “O Drama da Bretanha” voltamos a ver os nossos personagens em nova reencarnação, alguns mais mansos e compreensivos quanto ao Amor Fraternal, buscando reerguer amigos espirituais que apenas aumentaram sua carga de débitos na última vida e que ainda teimam em não se corrigir. Aqui a história passa-se na Bretanha do século XIX, Ruth-Carolina de La Chapelle aparece como Andrea de Guzman d’Albret perseguida por obsessor até a sua morte; e Luis de Narbonne é Arthur de Guzman d’Evreux que amarga as conseqüências de um suicídio na sua vida passada

Toda a série é repleta de ensinamentos, levando-nos a refletir a respeito de nossas vidas e os dramas que se passam no invisível, bem como as Leis Divinas se aplicam sempre. Demonstra que nossos caminhos dependem apenas de nossas ações e de nossa vigilância, pois nossos pensamentos são influenciados tanto por desafetos como pelos nossos amigos espirituais e a nós compete discernir baseados sempre no Amor Fraternal. É leitura obrigatória para conhecimento das tramas da obsessão.

Perséfone Hades(Bia Unruh) mergulhando nos recônditos de sua alma e refletindo... sempre em busca de respostas nas brumas do inconsciente...

Publicado em http://www.usinadaspalavras.com/ e http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/pagina_autor.php?cdEscritor=1077

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Sermão da Montanha - Parte 3

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“Bem-Aventurados os Mansos...”

“O homem que encontrou o seu Eu divino é necessariamente manso.

“Todos os seres que não atingiram a consciência espiritual recorrem à violência para conseguirem os seus fins. Os irracionais só conhecem violência ma­terial. O homem, depois de intelectualizado, desco­briu outro tipo de violência muito mais eficiente, que é a violência mental... são certos argumentos analíticos de que a inteligência se serve para conseguir os seus fins próprios da personalidade do ego.

“Quando o homem descobre em si as potências di­vinas, desiste definitivamente de toda e qualquer espécie de violência física e mental. Não mais confia em máquinas e aparelhos materiais manobrados pela força do intelecto, nem recorre às energias do mundo astral para conseguir efeitos de magia mental a atuarem sobre o mundo visível.

“O homem auto-realizado descobriu a essência de si mesmo e de todas as coisas, essência essa que é imaterial, e por isso não mais o interessam as aparências periféricas, que os profanos consideram realidades.

“Por isto, não há para o homem manso de coração motivo algum para recorrer à fraqueza da violência brutal, quando ele possui a força da suavidade e benevolência espiritual.”

*

“O que, à primeira vista, causa estranheza nessa bem-aventurança é a promessa de que os mansos possuirão (ou herdarão) a “terra”... A humanidade imperfeita que agora habita esta terra com suas vibrações baixas e pesadas terá de passar por muitos estágios de evolu­ção, em outros mundos, outros planetas ou nos espaços intersiderais, e, após longos milênios de experiências e sofrimentos, voltará ela, purificada e com outras vibrações, a habitar esta terra, transforma­da em um habitáculo de seres puros. Esses homens puros serão “mansos”, isto é, não violentos; nada farão por meio de força bruta, tudo farão com força espiritual. O espírito da força será substituído pela força do espírito.

“Violenta non durante*, diziam os antigos pensadores romanos; as coisas violentas não duram — as coisas suaves têm duração garantida, embora a sua atuação inicial seja, quase sempre, lenta e quase imperceptível. Uma bomba atômica destrói uma cidade inteira em poucos segundos, ao passo que uma semente viva leva séculos inteiros para construir uma árvore no seio da floresta. Aqui, a força suave da vida — acolá a força brutal da morte.

“Amar incondicionalmente, é o caminho mais curto e rápido às alturas da compreensão integral e universal.”

Huberto Rohden

Para aqueles que queiram ler os textos integrais recomendamos o link: http://www.esnips.com/doc/6fda8dc4-a4e1-48a3-87ae-8085b9eb532a/Huberto%20Rohden%20%3E%20O%20Serm%E3o%20da%20Montanha%20-%20Huberto%20Rohden