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domingo, 3 de janeiro de 2010

Caminhando

De pés nús
abrindo
caminho

Estradando
sou
Estradando
vou...

Sem atalhos
sem veredas

Pés nús
pés firmes
estradando
meu destino

Perséfone Hades (Bia Unruh)

sábado, 2 de janeiro de 2010

Navegando...


Singro mares
Universo pulsando
vida...

Meu barco
fantasma de mim
triste...

Oceano lágrimas
esbarra em terra
dor...

Porto a vista
busca termina
LUZ...


Perséfone Hades (Bia Unruh)






terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Coração

Casa abandonada

onde gemem fantasmas

amores não vividos…

 

Perséfone Hades   (…sozinha… …)

 

sábado, 5 de setembro de 2009

Ascendendo

De um tempo fora do tempo

vim em busca de conhecimento

De um espaço fora do espaço

vim em busca de sabedoria

No espaço-tempo encontrei a experiência

Perséfone Hades

Publicado em http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/pagina_textos_autor.php?cdEscritor=1077

domingo, 30 de agosto de 2009

Caminho

fotografia: Caminhos
Alba Luna


Sol vermelho
entardece...
A estrada só
um caminheiro só.
Sombras do caminho
uma árvore
uma pedra
um cupinzeiro...

Entardece
sol vemelho
horizonte...
Ao oeste vou
no oeste findo
em buscas
respiro,
espírito infinito...

Perséfone Hades


sexta-feira, 24 de julho de 2009

29 anos sem Vinícius de Moraes

Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, ou Vinicius de Moraes, 1913(Gávea-Rio de Janeiro) – 1980(Rio de Janeiro) foi um diplomata, jornalista, poeta e compositor brasileiro.

Teve como principais parceiros em composições Carlos Lyra, Tom Jobim Baden Powell e Toquinho.

Figura ímpar ficou conhecido como o Poetinha, por sua produção essencialmente lírica. Grande conquistador era freqüentador dos bares boêmios do Rio de Janeiro das décadas de 50, 60 e 70.

Cantou as belezas de sua terra, as mulheres como nenhum outro poeta o fez, as alegrias e dores de amores, sempre com conhecimento profundo dos sentimentos humanos.

Vinícius, onde estiver saiba que nós o amamos sempre e esperamos estar contigo aí onde estiveres para mais uma vez nos apaixonarmos a cada verso seu...

Poética


De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.

Perséfone Hades com saudades!!!!!

domingo, 3 de maio de 2009

Poetas Brasileiros IV - Zé Ramalho

José Ramalho Neto, nascido em Brejo da Cruz, Paraíba (3/10/1949), conhecido no meio artístico como Zé Ramalho, é outro grande poeta do Cancioneiro Nacional.

Mistura ritmos do Nordeste Brasileiro e Beatles, Bob Dilan, Raul Seixas, e outros; fazendo um som característico seu; que casa muito bem com sua voz de "trovão", que por vezes ribomba com poesias cruas sobre o quotidiano, ou fantasias que nos extasiam.

A Peleja do Diabo com o Dono do Céu

Com tanto dinheiro girando no mundo
Quem tem pede muito quem não tem pede mais
Cobiçam a terra e toda a riqueza
Do reino dos homens e dos animais
Cobiçam até a planície dos sonhos
Lugares eternos para descansar
A terra do verde que foi prometido
Até que se canse de tanto esperar
Que eu não vim de longe para me enganar
Que eu não vim de longe para me enganar
O tempo do homem, a mulher, o filho
O gado novilho urra no curral
Vaqueiros que tangem a humanidade
Em cada cidade e em cada capital
Em cada pessoa de procedimento
Em cada lamento palavras de sal
A nau que flutua no leito do rio
Conduz à velhice, conduz à moral
Assim como deus, parabéns o mal
Assim como deus, parabéns o mal
Já que tudo depende da boa vontade
É de caridade que eu quero falar
Daquela esmola da cuia tremendo
Ou mato ou me rendo é lei natural
Num muro de cal espirrado de sangue
De lama, de mangue, de rouge e batom
O tom da conversa que ouço me criva
De setas e facas e favos de mel
É a peleja do diabo com o dono do céu
É a peleja do diabo com o dono do céu

Cidadão

Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição, era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
"Tu tá aí admirado ou tá querendo roubar"
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento, ajudei a rebocar
Minha filha inocente vem pra mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me vem um cidadão:
"Criança de pé no chão aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer
Tá vendo quela igreja moço, onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena, tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse:
"Rapaz deixe de tolice, não se deixe amendrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra, não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas e na maioria das casas
Eu também não posso entrar"

Cristais do Tempo

Como são belos esses cristais
Que transparecem como manhãs
Embolam coisas em precipícios
Em cada ofício de suas mães
Eles imperam nos arrebóis
Nas carabinas e furacões
Em cada rosto é tão difícil
Ver o ofício de suas mãos
Nos olhares desses meninos
Há o silêncio que há no fogo
E o clarão das capitais
E eles dormirão nos ventos
Encobertos e atentos
Haverão de sufocar...
Os milhares de venenos
Que situam-se nas fontes
Nos olhares dos pequenos
Que veriam adamastor

Orquidea Negra

Atenção artilheiro
Três salvas de tiros de canhão
Em honra aos mortos da Ilha da Ilusão
Durante a última revolução do coração e da paixão
Apontar a estibordoÂ… Fogo!
Você é a orquídea negra
Que brotou da máquina selvagem
E o anjo do impossível
Plantou como nova paisagem
Você é a dor do dia a dia
Você é a dor da noite à noite
Você é a flor da agonia
A chibata, o chicote e o açoite
Lá fora ecoa a ventania
E os ventos arrastam vendavais
Do que foi, do que seria
Do que nunca volta jamais
Parece até a própria tragédia grega
Da mais profunda melancolia
Parece a bandeira negra
Da loucura e da pirataria
Atenção, artilheiroÂ…

Hino Nordestino

salto no escuro de meter medo nos olhos
de meter medo a quem medo nunca sentiu
tentar a sorte no rio de janeiro
são paulo, no mundo, aceito o desafio
é o destino que é de todo nordestino
que sai de casa e que dá asa ao pensamento
espaço abertro aberto dentro do seu proprio ser
cuidado tempo, que é pra não se atarapalhar
<refrão>
ô deixa chover, ô deixa molhar
ouve o que eu digo cantando esse xote
ô deixa chover, ô deixa molhar
não for castigo, cada pingo forte (2x)
salto no escuro de meter medo nos olhos
de meter medo a quem medo nunca sentiu
tentar a sorte no rio de janeiro
são paulo, no mundo, aceito o desafio
é o destino que é de todo nordestino
que sai de casa e que dá asa ao pensamento
espaço abertro aberto dentro do seu proprio ser
cuidado tempo, que é pra não se atarapalhar
<refrão>
é o destino que é de todo nordestino
que sai de casa e que dá asa ao pensamento
espaço abertro aberto dentro do seu proprio ser
cuidado tempo, que é pra não se atarapalhar
<refrão>
ô deixa chover

domingo, 19 de abril de 2009

Poetas Brasileiros III - Milton Nascimento

Milton Nascimento nasceu em 26/10/1942, no Rio de Janeiro, criou-se em Três Pontas, Minas Gerais; e aos treze anos já cantava em festas e bailes da cidade.

Ficou conhecido pelas músicas Travessia e Canção de Estudante, principalmente, mas tem vasta obra poética que encanta quantos a lerem ou cantarem.

Aqui a lembrança de algumas preciosidades deste grande poeta e nosso apelo a que volte aos palcos.

milton-nascimento

San Vicente

Milton Nascimento / Fernando Brant

Coração americano
Acordei de um sonho estranho
Um gosto, vidro e corte
Um sabor de chocolate
No corpo e na cidade
Um sabor de vida e morte
Coração americano
Um sabor de vidro e corte
A espera na fila imensa
E o corpo negro se esqueceu
Estava em San Vicente
A cidade e suas luzes
Estava em San Vicente
As mulheres e os homens
Coração americano
Um sabor de vidro e corte
Unhnhnhnh...
As horas não se contavam
E o que era negro anoiteceu
Enquanto se esperava
Eu estava em San Vicente
Enquanto acontecia
Eu estava em San Vicente
Coração americano
Um sabor de vidro e corte
Lararararairai...

miltonnascimento

Teia de Renda

Túlio Mourão e Milton Nascimento

De mil canteiros de ilusões
Brotam desejos que já vivi
Já conversados, já tão sentidos
Campos de força, tempos atrás
Em meu destino o que restou
Marca profunda de muito amor
Tão procurada, iluminda
Essa loucura que me abraçou
O que se deu, que se trocou
Quanta verdade a se entrelaçar
Que se sofreu, o que se andou
Quase ninguém nos acompanhou
O que me cerca, onde hoje estou
Numa saudade sem tempo e fim
Acomodada, gente parada
Teia de renda que me cercou
Eu não aceito o que se faz
Negar a luz fingindo que é paz
A vida é hoje, o sol é sempre
Se já conheço eu quero é mais
O que se andar, o que crescer
Se já conheço eu quero é mais
Eu não aceito o que se faz
Negar a luz fingindo que é paz
A vida é hoje, o sol é sempre
Se já conheço eu quero é mais
O que se andar, o que crescer
Se já conheço eu quero é mais

miltonnascimento2

Certas Canções

Tunai e Milton Nascimento

Certas canções que ouço
Cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece
Como não fui eu que fiz?
Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor
Contos da água e do fogo
Cacos de vidas no chão
Cartas do sonho do povo
E o coração pro cantor
Vida e mais vida ou ferida
Chuva, outono, ou mar
Carvão e giz, abrigo
Gesto molhado no olhar
Calor que invade, arde, queima, encoraja
Amor que invade, arde, carece de cantar

MiltonNascimento4GT

Pai Grande

Milton Nascimento

Meu pai grande
Inda me lembro
E que saudade de você
Dizendo: eu já criei seu pai
Hoje vou criar você
Inda tenho muita vida pra viver
Meu pai grande
Quisera eu ter graça pra contar
A história dos guerreiros
Trazidos lá do longe
Trazidos lá do longe
Sem sua paz
De minha saudade sem você cantar
De onde eu vim
É bom lembrar
Todo homem de verdade
Era forte e sem maldade
O dia vai
O dia vem
Todo filho seu
Seguindo os passos
E um cantinho pra morrer
Pra onde eu vim
Não vou chorar
Já não quero ir mais embora
Minha gente é essa agora
Se estou aqui
Eu trouxe de lá
Um amor tão longe de mentiras
Quer a quem quiser me amar

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Poetas Brasileiros II - Taiguara

Taiguara Chalar da Silva ou simplesmente Taiguara, como ficou conhecido, foi um grande poeta brasileiro nascido no Uruguai (9/10/1945), faleceu vitima de câncer (14/02/1996).
Filho do maestro Ubirajara Silva, abandonou a faculdade de direito para dedicar-se à música. Fez sucesso nas décadas de 60 e 70, sendo autor de vários clássicos da MPB.
Foi atuante durante a Ditadura Militar no Brasil e um dos compositores mais censurados (cerca de 100 canções) na época.
Exilou-se na Inglaterra em 1973 e voltou ao Brasil em 1975, gravando o Imyra, Tayra, Ipy com Hermeto Paschoal e orquestra, tendo o espetáculo do show cancelado e as cópias do disco recolhidas pela censura em poucos dias. Exilou-se então na África e Europa por muitos anos.
Só voltou ao Brasil em meados dos anos 80, porém não logrou mais sucesso.
Aqui nossa pequena homenagem, relembrando algumas de suas composições.


Mais-Valias
Mais valia eu ter-te amado
Que ter-te explorado tanto
Mais valia o meu passado a teu lado
Do que mais luxo e mais encanto
Fiz do meu lar uma empresa
Fiz brilhar meu colarinho
E hoje o que resta é tristeza
E a certeza de que eu não quero
Estar sozinho
E o que foi festa é despesa
Na mesa em que mais valia
O teu carinho
Pr'a que é que eu quis mais dinheiro?
Se quanto mais possuia
Mais me via interesseiro
E, no meu cativeiro,
Mais eu te perdia...
Fiz Capital, te explorando
Fiz o mal, nos separando
E hoje aqui estou derrotado,
Um ladrão desalmado
Que acabou chorando
E hoje aqui estou fracassado.
Um patrão desarmado
Que acabou pagando.


Teu sonho não acabou
Hoje a minha pele já não tem cor
Vivo a minha vida seja onde for
Hoje entrei na dança e não vou sair
Vem que eu sou criança não sei fingir
Eu preciso, eu preciso de você
Ah! Eu preciso, eu preciso, eu preciso muito de você
Lá onde eu estive o sonho acabou
Cá onde eu te reencontro só começou
Lá colhi uma estrela pra te trazer
Bebe o brilho dela até entender
Que eu preciso...
Só feche o seu livro quem já aprendeu
Só peça outro amor quem já deu o seu
Quem não soube a sombra, não sabe a luz
Vem não perde o amor de quem te conduz
Eu preciso...
Nós precisamos, precisamos sim
Você de mim, eu de você.



Voz do Leste

Sou Voz Operária do Tatuapé
Canto enquanto enfrento o batente co'a mão
Trabalho no ritmo desse Chamamé
Meu pouco Salário faz minha ilusão
Sou voz operária do Tatuapé
Vivo como posso a me deixa o patrão
E enquanto respira dessa chaminé
Meu povo se vira e não vê solução
No teatro da vergonha
aonde a vedade não se diz
Tem quem representa a massa,
quem ri da desgraça
E quem banca o infeliz
Tem até burguês que sonha
que entra em cena e engana a atriz
Tem quem sustenta a trapaça
E depois que fracassa,
Amordaça o país.
Já meu drama é o da cegonha...
quase morre o meu guri...
Sobra pr'o Leste a fumaça e a peste ameaça
O ar do Piqueri
Pior que a matança medonha é o desemprego pra engolir...
Seja no peito ou na raça, esse teatro devasso
Alguém tem que proibir...
Seja no palco ou na praça
Essas peças sem graça
vão ter que sair.
(sair de cartaz...)
Sou voz operária...

domingo, 5 de abril de 2009

Poetas Brasileiros I - Geraldo Vandré

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1968-Geraldo Vandré

Grandes poetas fazem parte do nosso cancioneiro, e estão tão esquecidos, mas vale lembrá-los.

Um destes é Geraldo Vandré, conhecido pela suas composições, "Disparada" (1966) e "Prá não dizer que não falei de flores" (1968), apresentadas no Festival de Música Popular Brasileira na antiga Tv Record; tem outras poesias belíssimas com a força, o amor e o lirismo do homem nordestino e do poeta que deu "a cara a bater" para a Ditadura Militar.

Geraldo Pedrosa de Araújo Dias é paraibano de João Pessoa (1935), veio ao Rio de Janeiro em 1951 para cursar a faculdade de direito e foi militante estudantil da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Em 1968 foi obrigado a exilar-se indo para o Chile e França, voltando ao Brasil em 1973. Hoje vive em São Paulo e ainda compõe. (Wikipédia)

Réquiem para Matraga

(Geraldo Vandré)

Vim aqui só prá dizer

Ninguém há de me calar

Se alguém tem que morrer

Que seja prá melhorar

Tanta vida prá viver

Tanta vida a se acabar

Com tanto prá se fazer

Com tanto prá se salvar

Você que não me entendeu

Não perde por esperar

A Procissão - Marisa c. Eberhardt

A Procissão - Marisa c. Eberhardt

Canção Nordestina

(Geraldo Vandré e Luiz Roberto)

Que sol quente, que tristeza

Que foi feito da beleza

Tão bonita de se olhar

Que é de Deus e a natureza

Só esqueceram com certeza

Da gente desse lugar

Olha o padre com a vela na mão

Tá chamando prá rezar

Menino de pé no chão

Já não sabe nem chorar

Reza uma reza comprida

Prá ver se o céu saberá

Mas a chuva não vem não

E essa dor no coração

Ai, quando é que vai se acabar

Quando é que vai se acabar

Fica Mal com Deus

(Geraldo Vandré)

Fica mal com Deus

Quem não sabe dar

Fica mal comigo

quem não sabe amar

Pelo meu caminho vou

Vou como quem vai chegar

Quem quiser comigo ir

Tem que vir do amor

Tem que ter prá dar

Vida que não tem valor

Homem que não sabe dar

Deus que se descuide dele

O jeito a gente ajeita

Dele se acabar

Fica mal com Deus

Quem não sabe dar

Fica mal comigo

quem não sabe amar

domingo, 22 de março de 2009

Tibouchina granulosa

quaresmeira1

Quaresma...

Suas simples flores

em copas na serra

derramam cachos de luz violeta

a esterilizar a alma da Terra...

(... limpa também os corações dos homens...)

quaresmeira_imagelarge

Quaresmeira

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sexta-feira, 20 de março de 2009

sexta-feira, 6 de março de 2009

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Hades


anjo e demonio 


Aguarda
Circunspecto
Alma constricta





Seu trono?
a pedra gélida deste calabouço
Companheiros?
Cérbero e o gemidos dos condenados



Coração de gelo
Descompassado
esquenta
Espera a amada
promessa de Zeus


Voz feroz ecoa
Que parem os lamentos!




Alma impaciente
em silêncio
espera





Imperador das Sombras
Rei do Inferno
se comove
ante a visão



Sua Amada
aproxima-se...

Doce Perséfone
Traz cheiro de vida
Sorriso terno


Acolhe seu amado
em seio farto e branco
Sossega, Amado!
Cá estou
Ascendo consigo...


Hades
aconchegado
suspira
seu único refrigério
a Amada querida...


 Luz!







Perséfone Hades (Bia Unruh)
Publicado em http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/pagina_autor.php?cdEscritor=1077

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Insônia


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Noite negra consome
homens que silenciaram seus gemidos
a mente vaga por labirintos
o ser rola
a cama enorme é desespero
circulam fantasmas
olhos esbugalhados



o corpo acorrentado...
a mente amordaçada...





quatro paredes encaixotam o ser
esgota-se o tempo
coam-se emoções
concentram-se sentimentos
a fonte agrilhoada

caminham espectros
bocas sem sons



o corpo cansado...
a mente encarcerada...







Perséfone Hades
Publicado em http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/pagina_autor.php?cdEscritor=1077