Ficar despreocupada
Olhar o mundo com olhos de criança
Colher flores, sonhar de coração aberto
Defender com unhas e dentes um amigo fantasma
Correr livremente nos jardins da minha ilusão
Desmanchar bolas de neve
Ver a gente grande como incompreensível, mas boa.
Resta-me um grito incontido que esqueceu de gritar
E lágrimas secas sem rosto por onde rolar
Partiu a ilusão dos sete anões que vinham me buscar
Entristeceram-se os jardins e os pássaros
O meu pequenino dente de leite não existe mais
Foi embora a poesia ingênua da menina
E em seu lugar, surgi
Uma incompreensível gente grandecom uma grande criança incompreendida dentro de mim...
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Obrigada por sua visita, é muito estimulante que meus textos estejam sendo apreciados pelas pessoas, acho que esta é a realização de todo autor.
Beijos no coração de todos e LUZ sempre...
Perséfone