Casa abandonada
onde gemem fantasmas
amores não vividos…
Perséfone Hades (…sozinha… …)
Buscando a profundidade do Eu na reflexão, na poesia, na arte e na natureza.
De um tempo fora do tempo
vim em busca de conhecimento
De um espaço fora do espaço
vim em busca de sabedoria
No espaço-tempo encontrei a experiência
Perséfone Hades
Publicado em http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/pagina_textos_autor.php?cdEscritor=1077
José Ramalho Neto, nascido em Brejo da Cruz, Paraíba (3/10/1949), conhecido no meio artístico como Zé Ramalho, é outro grande poeta do Cancioneiro Nacional.
Mistura ritmos do Nordeste Brasileiro e Beatles, Bob Dilan, Raul Seixas, e outros; fazendo um som característico seu; que casa muito bem com sua voz de "trovão", que por vezes ribomba com poesias cruas sobre o quotidiano, ou fantasias que nos extasiam.
Com tanto dinheiro girando no mundo
Quem tem pede muito quem não tem pede mais
Cobiçam a terra e toda a riqueza
Do reino dos homens e dos animais
Cobiçam até a planície dos sonhos
Lugares eternos para descansar
A terra do verde que foi prometido
Até que se canse de tanto esperar
Que eu não vim de longe para me enganar
Que eu não vim de longe para me enganar
O tempo do homem, a mulher, o filho
O gado novilho urra no curral
Vaqueiros que tangem a humanidade
Em cada cidade e em cada capital
Em cada pessoa de procedimento
Em cada lamento palavras de sal
A nau que flutua no leito do rio
Conduz à velhice, conduz à moral
Assim como deus, parabéns o mal
Assim como deus, parabéns o mal
Já que tudo depende da boa vontade
É de caridade que eu quero falar
Daquela esmola da cuia tremendo
Ou mato ou me rendo é lei natural
Num muro de cal espirrado de sangue
De lama, de mangue, de rouge e batom
O tom da conversa que ouço me criva
De setas e facas e favos de mel
É a peleja do diabo com o dono do céu
É a peleja do diabo com o dono do céu
Cristais do Tempo
Como são belos esses cristais
Que transparecem como manhãs
Embolam coisas em precipícios
Em cada ofício de suas mães
Eles imperam nos arrebóis
Nas carabinas e furacões
Em cada rosto é tão difícil
Ver o ofício de suas mãos
Nos olhares desses meninos
Há o silêncio que há no fogo
E o clarão das capitais
E eles dormirão nos ventos
Encobertos e atentos
Haverão de sufocar...
Os milhares de venenos
Que situam-se nas fontes
Nos olhares dos pequenos
Que veriam adamastor
Atenção artilheiro
Três salvas de tiros de canhão
Em honra aos mortos da Ilha da Ilusão
Durante a última revolução do coração e da paixão
Apontar a estibordoÂ… Fogo!
Você é a orquídea negra
Que brotou da máquina selvagem
E o anjo do impossível
Plantou como nova paisagem
Você é a dor do dia a dia
Você é a dor da noite à noite
Você é a flor da agonia
A chibata, o chicote e o açoite
Lá fora ecoa a ventania
E os ventos arrastam vendavais
Do que foi, do que seria
Do que nunca volta jamais
Parece até a própria tragédia grega
Da mais profunda melancolia
Parece a bandeira negra
Da loucura e da pirataria
Atenção, artilheiroÂ…
salto no escuro de meter medo nos olhos
de meter medo a quem medo nunca sentiu
tentar a sorte no rio de janeiro
são paulo, no mundo, aceito o desafio
é o destino que é de todo nordestino
que sai de casa e que dá asa ao pensamento
espaço abertro aberto dentro do seu proprio ser
cuidado tempo, que é pra não se atarapalhar
<refrão>
ô deixa chover, ô deixa molhar
ouve o que eu digo cantando esse xote
ô deixa chover, ô deixa molhar
não for castigo, cada pingo forte (2x)
salto no escuro de meter medo nos olhos
de meter medo a quem medo nunca sentiu
tentar a sorte no rio de janeiro
são paulo, no mundo, aceito o desafio
é o destino que é de todo nordestino
que sai de casa e que dá asa ao pensamento
espaço abertro aberto dentro do seu proprio ser
cuidado tempo, que é pra não se atarapalhar
<refrão>
é o destino que é de todo nordestino
que sai de casa e que dá asa ao pensamento
espaço abertro aberto dentro do seu proprio ser
cuidado tempo, que é pra não se atarapalhar
<refrão>
ô deixa chover
Chicória
Pequena corola azul
Subjulga nosso ego
Flui do centro d'alma
Este amor aconchego
Chicória
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Quaresma...
Suas simples flores
em copas na serra
derramam cachos de luz violeta
a esterilizar a alma da Terra...
(... limpa também os corações dos homens...)
Quaresmeira
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Arrastando
através de entulhos
folhas... barrigas de sapos
azedo sabor
Fulguram
amarelas, alaranjadas
bela capuchinha
singelo amor...
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Fogo que arde nas encostas
Sobe pelas árvores
aquece o inverno
Chamas em cachos
Aderem aos montes
Iluminando meu coração...
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Nos olhos da manhã
todos os matizes se encontram
e os raios de sol
chovem gotas de vida...
Perséfone Hades
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Qual cerâmica
Moldada,
Contorcida,
Queimada,
Distorcida,
Temperada
Vaso
Transitório
Algemado
Ilusório
Desterrado
Repositório
d'Alma
Perséfone Hades (Bia Unruh)
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