sábado, 25 de dezembro de 2010

Poetas Brasileiros IX - Carlos Drummond de Andrade





Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus
                                                                            [braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade, in 'O Corpo'



Bia Unruh muito presente consigo mesma...

5 comentários:

  1. Amiga, Feliz Ano Novo! Muita paz, saúde e grandes alegria em tua vida!

    Tem um selindo pra você no Amor Insano!

    Obrigada por estar entre os meus Top Comentraistas!...beijosss

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  2. Esse poema é supremo!
    Há muito tempo um amigo me enviou, e eu estava numa situação que ele caiu muito bem...hj ao le-lo aqui me recordei...e comprovo..ausencia não é falta. nada como o tempo!

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  3. Adoro Os poemas do Drummond, beijos!

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Obrigada por sua visita, é muito estimulante que meus textos estejam sendo apreciados pelas pessoas, acho que esta é a realização de todo autor.
Beijos no coração de todos e LUZ sempre...
Perséfone