De Meu Jardim |
As lentas nuvens fazem sono
As lentas nuvens fazem sono,
O céu azul faz bom dormir.
Bóio, num íntimo abandono,
À tona de me não sentir.
E é suave, como um correr de água,
O sentir que não sou alguém,
Não sou capaz de peso ou mágoa.
Minha alma é aquilo que não tem.
Que bom, à margem do ribeiro
Saber que é ele que vai indo...
E só em sono eu vou primeiro.
E só em sonho eu vou seguindo.
(Poesias Inéditas - Fernando Pessoa)
Perséfone deixando-se ir...
Então, minha amiga, deixe-se ir ao encontro da velha inspiraçào...não deixe que ela se perca, por nada!
ResponderExcluirBeijos e obrigada pela visita...saudades!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDeixando-se ir
ResponderExcluirFluindo na corrente afável do dia...
Perséfone,
Sim, este é o caminho...Fantasiando, sonhando, não furtando-se a sentir emoções em todas as dimensões...
Linda sua poesia “O Fluxo,” postada abaixo.
E esta poesia de Pessoa, eu não conhecia... “bóio num íntimo abandono... Não sou capaz de peso ou mágoa”... Bela imagem de despojamento do ego; amei!
Obrigada por sua visita em meu blog.
Bem Vinda, Sempre!
Norm@ Schw@b