terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A propósito do livro "Memórias de um suicida", de Yvone do Amaral Pereira

(Virgilio e Dante no Turbilhão - William Blake)


Livro publicado em 1954, ditado por Camilo Cândido Botelho (Camilo Castelo Branco) à medium Yvone A. Pereira, onde enveredamos pelo doloroso caminho de um espírito após o seu suicídio, mostrando-nos que “a morte é quimera a iludir os incautos que se arrojam pelas brenhas do suicídio!”

O livro se divide em três partes.
A primeira parte ocorre no Vale dos Suicidas, região do umbral para onde se dirigem as almas daqueles que decidiram driblar as dificuldades da vida terrena nas paragens enganadoras do suicídio.

A segunda parte mostra o resgate destes espíritos para um hospital astral, sob os cuidados da Legião dos Servos de Maria, para tratamento e conforto, bem como a consciência da realidade inexorável de que a morte não existe.
A terceira parte centra-se no entender causas e conseqüências de tão insana decisão e as lutas pelo reerguimento até o retorno à vida física para a remissão.



É realmente uma obra prima da literatura espírita, com esmerada escrita, característica de Camilo Castelo Branco, eivada de sentimento e com quadros tão bem descritos que diríamos participar das cenas e aflições dos personagens. O cenário todo é corroborado em obras do espírito André Luis através do médium Francisco Xavier, bem como nas cenas tão conhecidas de A Divina Comédia de Dante Alighieri.

É obra indispensável a todos espíritas que trabalham com pessoas desequilibradas, bem como àqueles que queiram ajudar a prevenir os suicídios tão comuns na sociedade moderna.

Yvone do Amaral Pereira nasceu em Santa Tereza de Valença(24 de dezembro de 1900) e faleceu no Rio de Janeiro(9 de março de 1984), foi uma das mais respeitáveis médiuns espíritas no Brasil, psicografando vários livros atribuídos a Bezerra de Menezes e Leon Tolstoi. Seus romances assinados pelo espírito Charles são talvez os mais conhecidos (Nas Voragens do Pecado, O Cavaleiro de Numiers e O Drama da Bretanha), assim como Dramas da Obsessão atribuído a Bezerra de Menezes e Ressureição e Vida atribuído a Leon Tolstoi.

Perséfone Hades (Bia Unruh) sempre interessada nas profundidades do inconsciente humano...

Para ler este livro acesse:
http://www.esnips.com/doc/ee42b72e-7dc2-4d59-867c-a64b7fa8f2a0/Yvonne-do-Amaral-Pereira---Memorias-de-um-Suicida
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4 comentários:

  1. Obrigado pelos comentarios tao gentis em "meu" blog, fico feliz em perceber q vc esta lendo os meus desabafos. Achei interessante essa ultima postagem sua sobre este livro sobre suicídio. Pelo q descreveu da obra ( vou inclusive procura-le ler) ela encara o suícido como um ato de fraqueza, ( o q nem sempre pode ser encarado de tal maneira) Mas é sem duvida um assunto muito pertinente "o suícidio", eis a tao propalada crise da pós modernidade!
    p.s. gostei de teu interesse "nas profundidades do inconsciente humano", pra Q arranhar na superficie qdo podemos ser abissais!
    um xero e obg

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  2. Não um ato de fraqueza, mas de um ímpeto insano contra a natureza, já que a morte é apenas virtual...
    Ou será que esta vida é que é virtual e do lado de lá está o real?...

    Obrigada, leia-o e não se arrependerá, independente de sua filosofia religiosa é um livro para se pensar.

    Bjs
    Perséfone

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  3. Obrigado pelo comentário...
    Seu post nos conduz a muita reflexão. Apesar de o assunto ser polêmico e controverso, já é discutido desde a antiguidade por filósofos como Platão. Mas realmente é fato mais comum na sociedade moderna... Desconhecia a existência de psicografia de Leon Tostoi.
    Um abraço.

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  4. Cara Perséfone, parabenizo pelas salutares confabulações que fazes acerca da vida, e especialmente, aquelas meditações sobre as obras de Yvonne (vi outros posts no blog).
    Particularmente, sou um grande admirador de Yvonne e suas obras. Esse livro, memórias de um suicída, é uma das maires obras literárias espíritas que conhecemos. A primeira edição levou muito camilianos ao extase pelo fato de que o estilo de Camilo Castelo Branco (cujo nome foi modificado por Yvonne para Camilo Candido Botelho, para não identificá-lo, e só depois foi descrobrir que esse também era pseudônimo dele). A segunda edição foi revisada pelo espírito de Leon Denis, cortanto grande parte dos textos já que Camilo, como os escritores da sua época, era muito prolixo. Já lí esse livro várias vezes e sempre me toca profundamente a sensibilidade com que é tratado o suicidio, mas sobretudo, comprovando que a vida não cessa com disjunção celular (a morte), e que, sempre, novas oportunidade nos são dadas.
    Muita paz.

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Obrigada por sua visita, é muito estimulante que meus textos estejam sendo apreciados pelas pessoas, acho que esta é a realização de todo autor.
Beijos no coração de todos e LUZ sempre...
Perséfone